De volta para o futuro 4: o próximo carro europeu será chinês?
Você conhece a trilogia clássica que conta as idas e vindas de Doc Brown e Marty McFly viajando pelo tempo, mas tem uma parte em específico que remete a algo que estamos vivendo atualmente quando o assunto são carros.
Lá na trilogia, em certo momento, é mostrada a história de uma pessoa que comprou um carro japonês, que na época não era visto como sinônimo de qualidade. A realidade hoje - principalmente para quem tem ou já teve um - é bem diferente (e melhor) do que o mostrado ali.
Inclusive, a maior das montadoras japonesas acabou de bater recorde de fabricação: 35% em um só mês, comparado ao mesmo período do ano passado, segundo informações da Bloomberg.
E porquê tem analogia com os dias atuais? Porque além de estrear fábrica aqui no Brasil, as montadoras chinesas de veículos (principalmente elétricos) também estão chegando forte na Europa nesse momento. Para você ter uma ideia, a Allianz fez um levantamento de que até 2030 os lucros das fabricantes de carro europeias deverão ser reduzidos em US$8 bilhões caso não exista reação por parte delas frente à concorrência chinesa.
Em um mundo em que reação a produtos melhores geralmente significa “é só deixar mais caro colocando uma tarifa de importação enorme nos produtos concorrentes que vem de fora e protegemos o produtor nacional”, será que nós e os europeus viveremos um capítulo novo de De Volta Para o Futuro?
Não é só dancinha não, viu
O que faz algo se tornar viral? Essa pergunta pode não interessar nada pra você, mas está deixando uma quantidade razoável de produtores de conteúdo pelo mundo em situação de burnout, de acordo com a Bloomberg.
Existe um notável momento de ultraestimulação vindo de todas as redes sociais, mas uma em especial, chama a atenção nesse aspecto: o TikTok, que com um algoritmo que desafia as leis da lógica, consegue entregar exatamente o que uma pessoa quer ver em pouquíssimo tempo de uso. Case de sucesso nos algoritmos de aprendizado profundo.
Em levantamento recente da Oberlo, temos que a rede das dancinhas hoje é a que as pessoas gastam mais tempo utilizando, na média, 1 hora por dia. Até mesmo o YouTube, rei dos tutoriais que salvam a lavoura de vez em quando, conseguiu ser superado em termos de tempo de tela. É claro que para quem pretende ganhar dinheiro com essa imensidão de gente que passa tanto tempo vidrado no celular, isso significa entender melhor sobre como se posicionar e, quem sabe, viralizar por lá.
Mas oferta e demanda são implacáveis: com o TikTok pagando cerca de US$0,03 a cada mil visualizações aos creatos, a disputa por chamar a atenção (e ganhar dinheiro com isso) faz com que muitos estudem o algoritmo e fritem os miolos pensando em estratégias diferentes para se destacar. Agora o Burnout é para quem tenta criar conteúdo, mas excelente para os negócios que pretendem anunciar produtos e serviços na rede.
Golpe do PIX? Não na América
Em julho de 2020 contas oficiais e verificadas no Twitter de líderes americanos como Barack Obama, Warren Buffet e Jeff Bezos compartilharam informações sobre dinheiro que seria distribuído a quem mandasse Bitcoin para uma certa carteira. É, eu sei, você como brasileiro já sabe que isso se trataria de um golpe, mas não foi o que várias pessoas pensaram quando mandaram suas moedas digitais e caíram nessa armadilha.
Acontece que, diferentemente daquele BO que alguém que você conhece abriu por ter caído em algum golpe do Pix, nos EUA a coisa não passou sem punição real: o golpista Joseph James O’Connor se declarou culpado recentemente num tribunal de Nova York pelo crime cometido - na verdade, por crimes diversos, mas um deles era esse.
Tudo bem que o algoritmo do Twitter não anda lá essas coisas, mas uma coisa não pode ser esquecida: por se tratar da primeira rede rápida que funciona como microblog e por ter tido até bem pouco tempo um sistema bastante rigoroso para verificação de usuários (aquele selinho azul), é considerada como o "jornal oficial do mundo"”, ou seja: temos um precedente que poderá ser utilizado em outros casos.
Já reparou que quase sempre que se ouve na imprensa sobre a declaração dada “nas redes sociais” a imagem que aparece em seguida é justamente do Twitter?
Entretanto, diversas alternativas, desde as mais populares até outras mais contidas, têm surgido ante ao Twitter: a mais recente foi o Threads, do Meta, que surgiu dentro do ambiente do Instagram e foi a rede mais rápida da história a bater 100 milhões de usuários (apenas 5 dias), ainda pequena se considerar que o Instagram tem 1 bilhão de usuários e o twitter tem 400 milhõesmihões.
Mesmo assim, o Twitter continua relevante: se não em receitas ou valor de mercado, pelo menos em referência de credibilidade e onde as grandes autoridades/personalidades ainda habitam. A ver se continuará assim daqui em diante.
Em todo caso, fica o recado do Tio Sam: se quiser arriscar o golpe, aguarde o porrete.
Quem usa blockchain e afins?
Tem assunto que parece que adormece quando deixa de movimentar mercados de maneira tão viva. Moedas digitais, por exemplo, é difícil que você esteja ouvindo falar sobre ultimamente.
Porém, para além dos valores com enorme volatilidade, existem ferramentas bastante úteis e que, mesmo que talvez você não esteja por dentro, estão sendo utilizadas por grandes empresas para redução de custos e aumento de eficiência.
Blockchain é uma das preferidas nesse quesito: mais da metade das empresas listadas na Fortune 100 US estão correndo atrás de botar para jogo alguma ferramenta ligada à essa tecnologia.
De forma simplificada: Blockchain é interessante por (1) permitir que dados sejam inseridos numa rede de verificação e armazenamento global e de fácil acesso e (2) deixar marcada toda e qualquer alteração nessa rede.
Sabe aquela história do estagiário que muda a planilha, dá um problema e “não sei de onde saiu isso”? Então: com blockchain é o fim do mistério e da perda de tempo e informações, pois além de ser difícil fazer uma alteração “sem querer”, é possível identificar o ponto onde a nova informação foi inserida ou retirada. Ou seja: a verificação e manutenção dos dados é muito mais segura e eficiente.
A melhor parte é que esse tipo de ferramenta não está apenas disponível para grandes empresas da gringa: nossos parceiros da Foxbit fornecem serviços B2B para empresas interessadas na adoção de blockchain em suas operações. Acesse o site da Foxbit saiba mais.
A rede blockchain deixou de ser um ambiente conhecido apenas por estar ligado às criptomoedas e agora tem sido utilizada para melhoria de processos da economia real, como no controle de origem (agropecuária: a Nescafé colocou na blockchain o processo de verificação da origem dos seus produtos sustentáveis), mundo jurídico (por meio dos contratos inteligentes e autoexecutáveis) e a comprovação de poderes (cartórios).
Será que os dias de ida ao cartório para reconhecer que você é você mesmo estão com os dias contados? Ao que parece, tudo indica que a resposta é um sonoro sim.