O papo mais relevante em tecnologia nesse momento é mesmo a corrida da inteligência artificial, que tá movimentando bilhões de dólares enquanto o setor aguarda por quem seria o “novo Google” quando o assunto são os ChatBots. Mas existe um assunto que não morreu ainda, por mais surreal que pareça: o metaverso.
Recentemente aquela empresa que gostou tanto desse assunto que trocou até o nome sinalizou que o sonho ainda não acabou. Pois é: depois de ter investido bilhões de dólares no universo digital, sem um grande sucesso, o Facebook/Meta segue persistindo. Mas, convenhamos: talvez eles estejam vendo algo que nós não vemos. Principalmente, sobre “como ganhar dinheiro com o metaverso".
Por falar em Meta…
Mesmo vivendo um 2023 de enorme valorização de suas ações, a empresa das atuais maiores redes sociais do planeta (até agora) não passa por bons ventos quando o assunto é a concentração de mercados.
Por mais que a aquisição de Instagram e WhatsApp tenha acontecido há muitos anos, elas são questionadas judicialmente em 48 estados dos Estados Unidos e também pela Comissão Irlandesa de Proteção de Dados, atualmente. As multas bilionárias variam, mas a acusação é basicamente a mesma: o conglomerado de Zuckerberg teria utilizado a estratégia “quem não tá comigo vai desaparecer” para concentrar em suas mãos os rumos das redes sociais no mundo.
Levando em conta que dados são um ativo bastante valioso hoje em dia, esse questionamento não é nem tanto sobre quanto dinheiro isso tudo movimentou, mas em relação ao tamanho poder que esse grupo têm.
Bom lembrar desses casos para quem pensa que atualmente só a rede das dancinhas passa por uma inquisição…
A China é um universo paralelo relevante
Não sei se você tem algum contato que viaje para a China com certa frequência, mas caso tenha, essa pessoa provavelmente já te contou sobre uma coisa muito diferente que tem lá: com a maioria dos aplicativos que conhecemos por aqui são proibidos pelo governo, ou se usa algum VPN ou então você terá de se adaptar ao que é permitido pelo governo.
Mas isso não tem ficado restrito aos aplicativos, hoje em dia envolve também os aparelhos. Talvez você nunca tenha ouvido falar da Oppo, mas ela é a maior concorrente da Apple por lá.
Importante olhar para esse cenário quando o assunto é tecnologia por dois motivos: primeiro, em sendo a segunda maior economia do planeta (que ruma para ser a primeira num futuro próximo), é importante que empresas de tech não deixem o país de lado; e, em segundo lugar, existe hoje uma grande movimentação de saída da produção da China - o tal reshoring que você já deve ter ouvido falar.
Se a saída da produção física vier acompanhada de uma redução da oferta, seja pela decisão da empresa que sai ou pela imposição de barreiras como forma de retaliação pelo país que é deixado, uma coisa é certa: não existe vácuo na política e nem nos mercados. O chinês com grana não vai simplesmente deixar de consumir, vai mesmo é ficar com as opções que deixaram pra ele por lá.
Pensa na diferença que isso pode fazer para uma cacetada de empresas de tech…
Aliás, sobre o universo paralelo da China…
Dentro do sistema de aplicativos bastante comuns na China, temos os chamados SuperApps, que são aqueles nos quais você troca mensagens, abre conta corrente, compra passagem aérea, pede delivery, perde horas em um joguinho e até mesmo… faz pagamentos.
Um desses apps é o WeChat, que recentemente ganhou autorização do Banco Central Chinês para novas funções de pagamentos, que agora usam uma espécie de moeda digital do próprio BC. Se isso te parece meio fora da realidade, lembre-se que por aqui temos o tal Real Digital, que logo logo será uma realidade tão presente quanto o PIX é hoje.
Quando esse dia chegar ao Brasil, a nossa parceira Foxbit vai aparecer como pioneira no mercado local: com o Foxbit Pay hoje já é possível fazer o está sendo implementado na China com os pagamentos digitais. O Foxbit Pay permite que qualquer pessoa aceite criptomoedas como pagamento e receba como quiser (na própria criptomoeda ou em reais), enquanto que gerar cobranças em cripto é fácil e prático que nem o PIX: a cobrança é gerada através de um QR-Code e pode ser compartilhada por whatsapp ou e-mail. E agora tem a novidade: o app da Foxbit Pay. Dê uma olhada, pode ser mais útil do que você imagina -- tanto pra você quanto para o seu negócio.
A montanha russa dos chips
Um item em tecnologia parece estar sempre no assunto nos últimos dois anos, principalmente da pandemia - que finalmente acabou, amém - pra cá: os chips (ou semicondutores). No começo, um boom da demanda por chips semicondutores bateu de frente com a dificuldade de ampliar a oferta. O resultado foi uma escalada dos preços.
Hoje, após os investimentos enormes no setor, ampliando a capacidade produtiva, parece mais que vai sobrar chip por aí.
A grande demanda por chips – que motivou a ida de tanto investimento nessa indústria – não vem mais da produção de smartphones (onde provavelmente você lê isso agora), mas sim da produção e automação que ainda estão por vir, por exemplo, em carros de lazer. Frisando: que estão por vir. Talvez eles não sejam elétricos, mas vão cada vez mais rodar como “Alexas” no futuro - e haja chip pra isso. Mas, enquanto isso, nesse meio-tempo temos um cenário de uma oferta que pode ter crescido mais do que a demanda. E a consequência vocês já sabem: queda de preços. Se vai ser isso mesmo ou, não, ninguém pode ter certeza – e é essa a mágica de investir: to put your money where your mouth.
Até a próxima!
Parabéns!
Vejo a China mais como um satélite grande do que Universo Paralelo. Pouco se cria lá. Roupas, moradia, transporte, tudo western based. Até a comida já esta mudando...Afinal quem não gosta de um belo short rib? Ou de um Rolex? Seu grande diferencial tem sido alocação de mão de obra barata para exportar e ganhar dinheiro sobre a escravidão de seus cidadãos. Só que seu principal importador (USA) é um comprador e escravisador muito experiente! E não deixa esse dinheiro todo virar poder....Por isso o COVID, porisso a Ukrania.