Portas abertas para o grande capital também
Você deve ter acompanhado a chegada dos ETFs de Bitcoin, a menos, é claro, que você tenha decidido se isolar em uma caverna ou tenha esquecido de assinar na carta do Condado Tech. No memorável 10 de janeiro deste ano, a SEC finalmente deu o aceno para os tão falados e quase míticos ETFs de Bitcoin. Uma ocasião que merece fogos de artifício, ou pelo menos um tweet entusiasmado, marcando a união tão esperada entre o velho mundo do mercado financeiro e o novo mundo digital.
Mas por que tanta agitação em torno da benção da SEC? Vamos desbravar isso na Carta de hoje e mostrar como em pouco tempo os ETFs de Bitcoin têm impactado significativamente - esse significativamente não é só força da expressão não, acredite.
Antes mesmo que os ETFs entrassem em cena, o Bitcoin já estava fazendo a festa com sua rentabilidade histórica de fazer qualquer investimento tradicional ficar com inveja. De acordo com um estudo realizado pela Hashdex em parceria com a Quantum em 2023, nos últimos 10 anos, o Bitcoin não só se valorizou, como saiu voando, deixando índices de ações como o S&P500 e especialmente, o nosso Ibovespinha, comendo poeira.
Spoiler: estamos falando de uma valorização nada menos impressionante do que 7.880%. Não, não é um erro de digitação. Agora, com os ETFs no jogo, quem sabe até onde vai?
Fonte: InvestNews
Nesses 10 anos de caminhada as exchanges viabilizaram o acesso às criptomoedas, sem elas o Bitcoin provavelmente ainda estaria confinado aos fóruns online obscuros. Essas plataformas transformaram o que era essencialmente um dinheiro oculto da internet em um tesouro cobiçado por Wall Street. Foram elas que abriram as portas ao acesso a esse tipo de ativo, permitindo o fluxo de compra que está por trás da rentabilidade destacada na imagem acima.
O mercado tradicional quis fazer parte da brincadeira. Diante do potencial do Bitcoin, os tubarões de Wall Street não apenas começaram a olhar para a criptomoeda, como se tivessem que engolir um pouco de seu ceticismo tradicional em troca de acessar um ativo inovador e digital.
Se existia algum freio de mão puxado - difícil de acreditar -, depois da aprovação da SEC soltaram com certeza.
Com menos de dois meses de operação, os ETFs de Bitcoin já acumulavam 300.000 BTC em ativos sob gestão. Isso é quase 1,5% do limite máximo de 21 milhões de Bitcoin.
Fonte: The Block
O Bitcoin tem alta volatilidade, não podemos negar, é até arriscado colocar o recorde de volume de negociação porque envelhece rápido se é que me entendem. Até o início de março o ETF da Black Rock já atingia US$10 bilhões em ativos sob gestão em 2 meses.
Já que vocês gostam de comparar com ouro, o primeiro ETF lastreado em ouro - SPDR Gold Shares (GLD) - dos EUA levou mais de dois anos para atingir a marca de US$10 bilhões após o seu lançamento em 2004.
O Eric Balchunas da Bloomberg destaca que os 10 ETFs de Bitcoin à vista registraram impressionantes 241 mil transações na 27.02.2024. Isso é um volume de negociação maior do que o índice que replica o S&P500 ($SPY) e NASDAQ - 100 Index ($QQQ).
Tudo isso para dizer que foguete não da ré? Claro que não, isso é o reflexo da magnitude que o mercado financeiro tradicional pode trazer para o criptoativo que já estava no pódio.
O Bitcoin voltou a atingir o market cap de US$1 trilhão em fevereiro deste ano.
Comparar o mundo financeiro de quase meio século atrás com o atual não é necessariamente justo. Mas o valor de US$1 trilhão impressiona. Considerando que gigantes como a Microsoft levaram 44 anos para chegar lá, e o Google, a criança prodígio, fez isso em meros 21 anos. Então lá vem o Bitcoin, chegando na marca em 12 anos.
O ETF de Bitcoin virou o jogo para a criptomoeda, por dois motivos principais. Primeiro, ele abriu as portas para os pesos pesados, os investidores institucionais. Com os ETFs, até os fundos mais engomadinhos, como os de pensão e mútuos, que antes torciam o nariz para a volatilidade e os desafios regulatórios do Bitcoin, agora podem mergulhar de cabeça, sem medo de sujar o terno. Aqui a boleta é gorda.
E para o investidor comum, que agora tem mais uma facilidade para investir na criptomoeda. Até aquela sua tia que bombardeia seu WhatsApp com um desfile de "bom dia" repleto de rosas cintilantes, pode facilmente ter acesso ao Bitcoin por meio de uma corretora, ou com uma mensagem para o gerente de conta - com certeza essa tia tem um gerente de conta com quem fala semanalmente.
O Bitcoin tem um suprimento máximo codificado de 21 milhões de Bitcoins. Uma vez que esse limite seja atingido, não serão criadas novas criptomoedas. Este teto é um dos pilares que sustentam o valor e a demanda do Bitcoin a longo prazo.
O fato do Bitcoin ter a oferta limitada o faz uma criptomoeda deflacionária - lá nos primórdios da criação da criptomoeda esse era um dos tópicos mais relevantes para os libertários que batiam na característica inflacionária da moeda fiduciária em que os governos podem imprimir dinheiro indiscriminadamente.
No caso do Bitcoin existe um evento chamado Halving que ocorre mais ou menos de quatro em quatro anos. Esse evento marca o período em que a recompensa por minerar um novo bloco na blockchain de Bitcoin cai pela metade - quanto a mais você estaria disposto a pagar por um ar-condicionado se você soubesse que a produção ia cair pela metade? As últimas ondas de calor te ajudam a decidir rápido.
O que inicialmente eram 50 Bitcoin por bloco, após sucessivos cortes, vai ser de 3,125 Bitcoins por bloco. Ao passo que a recompensa pela criação de novo Bitcoin cai, a taxa de Bitcoins também cai.
A premissa é a de que a demanda por Bitcoin permanece estável ou aumenta, enquanto a oferta de novos Bitcoins continua a diminuir, o preço do Bitcoin deveria, em teoria, aumentar.
São esses fatos que contribuem para a narrativa de que o Bitcoin é deflacionário.
Sabe qual outro ativo também fica mais difícil de minerar com o passar dos anos? Ouro!
E o Bitcoin você não vai conseguir tirar do fundo do mar quando a exploração terrestre esgotar, acredite.
A transição para um palco mais convencional promoveu a percepção de que o Bitcoin não é apenas uma moda passageira ou um nicho de mercado especulativo. Além disso, à medida que grandes instituições financeiras começaram a incluir Bitcoin em seus portfólios, seja diretamente ou através de ETFs, isso sinalizou aos investidores menores que o Bitcoin poderia ser considerado com o mesmo rigor e seriedade que outros ativos tradicionais. Esta aceitação por instituições prestigiadas e a consequente cobertura meios de comunicação de renome contribuíram ainda mais para o status do Bitcoin como um investimento legítimo.
O caso mais famoso sobre adoção de Bitcoin como meio de pagamento é El Salvador. Mas os dados do BTC Map apontaram que é em terras tupiniquins que a criptomoeda está fazendo história.
A cidade de Rolante, no Rio Grande do Sul, é a cidade mais importante em relação à aceitação do Bitcoin como meio de pagamento. São 195 locais aceitando a criptomoeda. Temos outra cidade brasileira no pódio também, em segundo lugar vem Porto Alegre, com 102 estabelecimentos comerciais aceitando o Bitcoin.
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