Vendedores de lamparina resistindo à luz elétrica em 2023.
Você segue gostando e comentando, então sabe quem segue adiante? Acertou se você disse “a Carta do Condado Tech”! Aqui, o mais relevante da tecnologia que movimenta mercados chega aos seus olhos da maneira mais concisa possível. Pega o café e vem!
Agora a coisa já deu uma acalmada na animação, mas os chatbots continuam balançando as manchetes. Nessas últimas semanas, por dois motivos específicos: estão pedindo regulação para os que já estão em atividade e, por outro lado, alguns figurões da tecnologia estão pedindo para que os avanços parem por pelo menos 6 meses.
Esse primeiro aspecto tem tudo a ver com a tentativa de órgãos reguladores de evitarem um novo Google nesse setor tão movimentado. A conta é simples: melhor colocar regra no jogo enquanto todo mundo está na base do que tentar fazer isso quando existirem um Barcelona e os demais todos juntos não enchendo um ginásio de campeonato de várzea.
Mas o segundo ponto é o mais surreal. Imagina se quem inventou a máquina a vapor fosse ludista (aqueles famosos “quebradores de máquinas” do início da Revolução Industrial). Ou mesmo se quem botou pra rodar a lâmpada elétrica da noite para o dia decidisse que aquilo era danoso. Tem como evitar essa avalanche após já ter começado?
Quem manda nos dados faz mais dinheiro
O oba-oba inicial com o ChatGPT é diferente na época atual, em que o dinheiro voltou a ter valor. No lugar do idealista “algum dia esse aporte vai se pagar”, a Microsoft já colocou preço de assinatura para quem quiser usar seu serviço de AI de maneira mais completa e adequada. Não sabemos quando recuperará os US$10 bilhões colocados na OpenAI, mas com a quantidade de usuários, se apenas parte deles decidir assinar, já dá pra fazer um bom dinheiro.
Se você acredita ou não na previsão do futuro que fazem pelas capas da Economist, não sabemos, mas uma delas de anos atrás parece fazer sentido agora: a tal “Dados são o novo petróleo”. Os dados, nesse caso, são os dados buscados e gerados pelas interações dentro do Bing.
Tudo lembra até aquela clássica música de outros tempos de juventude: “o jogo virou, a casa caiu”. Até outro dia era o Google que ficava com a lupa sobre o Bing para ver se estava sendo passado para trás nas buscas indexadas. Agora é o Bing, com a ferramenta queridinha, que está com a caneta do processinho na mão para evitar que seus dados sejam surrupiados por outras tecnologias do tipo.
Temos assim uma atualização daquela frase que diz que “quem chega primeiro bebe água fresca”. Pelo visto, quem for mais ligeiro e atrair mais atenção irá mesmo é levar a água embora.
Moeda em separado para transação global? É coisa nossa!
Balançou os mercados e gerou muitas manchetes ultimamente a notícia de que os BRICS estão pensando em meios diferentes de realizar pagamentos e recebimentos sem utilizar dólar. Seguindo aquela máxima de que “para saber quem está com medo de algo, basta ver quem grita que está sossegado”.
Trump já havia declarado: “estão matando o dólar, já já vai virar moeda irrelevante”.
Várias alternativas ao dólar estão sendo discutidas, tanto pela substituição da moeda americana pela moeda chinesa (o yuan) quanto por alternativas digitais emitidas pelos bancos centrais, os famosos CBDCs.
Mas, independente do que rolar lá fora, por aqui você não precisa mais esquentar a cabeça sobre pagar e receber em reais, dólares ou qualquer outras moedas. Existem soluções de pagamento muito mais baratas, rápidas, confiáveis e já disponíveis agora: tudo isso está no Foxbit Pay, uma nova funcionalidade oferecida pela FoxBit. Veja como funciona aqui.
A estranha briga da internet grátis
Uma das empresas do amado-odiado Elon Musk, a Starlink, tem uma missão ambiciosa: colocar satélites em órbita o suficiente para que a internet possa ser algo de acesso global no custo mais barato possível. Até mesmo no 0800, já pensou?
O problema é que a Starlink não está sozinha em campo: a britânica OneWeb avisou que ainda em 2023 oferecerá internet pro planeta todo, após ter colocado nas últimas semanas mais 36 satélites em órbita.
A quantidade de satélites de cada empresa e o quanto cobram não importam tanto assim - a não ser que você trabalhe em alguma delas e seu emprego esteja em risco -, mas o que vale olhar disso é: qual o sentido de uma disputa tão árdua por liderar um mercado que, teoricamente, vai baratear a internet de maneira tão agressiva?
Parece até aquela briga que seu primo do interior conhece, das cidades pequenas com provedores de internet “da região” que disputam a tapa (quase literalmente) a próxima assinatura. Mas existe uma diferença enorme aqui: os valores envolvidos são imensos nessa corrida.
Ah, mas se você chegou até aqui na nossa encíclica tecnológica, já entendeu: muito provavelmente essa bondade em te dar internet grátis tem alguma coisa a ver com o que quem cruzar a linha de chegada primeiro na democratização do acesso a internet grátis vai fazer com… os dados de quem utilizar o serviço campeão!
Coreia do Sul quer liderar a corrida dos chips
Que tá todo mundo tentando sair da China e ir produzir em outro canto você já sabe, já te contamos aqui em outros carnavais. Em todo caso, não é a coisa mais simples do mundo, principalmente quando envolve itens tão específicos quanto os semicondutores, aqueles que, dentre outras coisas, estão nesse computador/smartphone que você lê essas linhas agora.
Nessa transição que envolve muito dinheiro e força de vontade de diversos países, um já deixou claro que quer se destacar: a Coreia do Sul, que está dando um enorme salto no aumento de investimentos nesse setor. Para se ter uma ideia, a previsão é que o investimento aumente em 41,5%, para US$ 21 bilhões em 2024 – enquanto a China irá aumentar em 2%, para US$ 16,6 bilhões, de acordo com a SEMI, uma empresa global de chips que está nos EUA e acompanha esses dados.
A liderança desse setor ainda estará com Taiwan, que com a gigantesca Taiwan Semiconductor Manufacturing (aquela que produz dois a cada três semicondutores do planeta, ao menos de acordo com os dados para o quarto trimestre de 2022 levantados pelo Statista), terá investimento nesse setor na casa de US$ 24,9 bilhões, um aumento de 4,2%.
Chip não é tudo igual e ampliar produção desse tipo de coisa não é tão simples assim. Mas pelo tamanho dos investimentos -- e pela marcha puxada pela Coreia do Sul agora --, dá pra esperar pelo menos uma briga boa nesse mercado.
E nessa velocidade alucinante terminamos mais uma Carta do Condado Tech. Não deixe de enviar esse conteúdo para seus amigos e acompanhar as atualizações do mundo Tech por aqui! Até mais!